A morte é amarga, dolorosa e cheia de caprichos. Não é necessário de fato fechar os olhos e parar de respirar pra morrer, eu morri. Quando ele virou as costas e bateu a porta, levou junto a ele meu coração e só me restou a dor. Eu cresço com ela, e aquela que um dia existiu foi embora e aos poucos dá lugar a uma pessoa melhor. A dor me faz cultivar sentimentos melhores, me faz pensar em como eu desperdicei a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida e isso me faz querer ser melhor, ser tão boa quanto eu jamais fui pra poder então correr com dignidade e pedir que tire de mim esse vazio gigantesco que se abriu no lugar de meu peito, onde bate oco um órgão que não faz sentido.
Dentro de minha mente racional eu sei que pode ser um caminho sem volta, mas eu prefiro ser irracional como toda e qualquer apaixonada e acreditar no pouco de esperança que ainda resta em meu coração perdido no tempo. O desgosto que me ataca impiedosamente pelas costas, é cruel e doloroso como facadas em uma noite fria de um assassino sem perdão. Minha vida não tem razão sem você!
J. Assis
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